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ARTIGO - Seminaristas na missão de Mato Grosso: uma experiência marcante


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Pe. José Freitas Campos

Do clero da Arquidiocese de Natal

 

Na década de 1970, quando na Igreja do Brasil, ainda não existia a COMISE, Comissão Missionária de Seminaristas, em nível nacional, regional e diocesano, três seminaristas da Arquidiocese de Natal/RN, estudando teologia no seminário central do Ipiranga, em São Paulo/SP, decidiram realizar “uma missão de férias”. O intuito era aproveitar o período de férias, do mês de julho, para evangelizar em outras terras.


O primeiro passo foi fazer contato com os bispos das dioceses de Mato Grosso, que faziam fronteiras com o estado de São Paulo. A resposta veio da diocese de Dourados, no sul do estado mato-grossense, que faz limites com o Paraguai. Quem responde à proposta, é D. Teodardo Leitz, OFM, um franciscano alemão que abriu as portas da diocese para esta experiência.


No início de julho, estavam os três seminaristas, José Freitas Campos, Jaime Vieira Rocha e Canindé Palhano, sendo acolhidos pelo bispo diocesano, D. Teodardo, que os encaminhou à Paróquia do Senhor Bom Jesus, em Carapó/MS. A missão foi realizada na Vila Juti, um povoado de aproximadamente três mil habitantes, que pertencia à paróquia.


A missão consistiu em visita às famílias, celebrações e organização da pastoral familiar e da juventude. O ponto alto era Celebração da Palavra, aos domingos, com a capela repleta de fiéis. Neste itinerário missionário, se aprendia a conviver com pessoas migrantes que, vindas do sul do Brasil, ensinavam um jeito de viver pautado na simplicidade e na religiosidade.


Esta experiência muito contribuiu com a formação eclesial, fomentando o ideal de sacerdotes diocesanos missionários. Também, inspirou o Seminário de São Pedro, em Natal/RN, a realizar “férias missionárias para os seminaristas”, sob a coordenação, à época, do bispo emérito de Caicó/RN, D. Manuel Tavares de Araújo, tendo como campo de missão a Paróquia de São Paulo do Pontegi, onde atuaram alguns seminaristas; entre eles, podemos destacar: Edilson Nobre, Severino Ramos e Bianor Lima.


Que este mês missionário renove o novo ardor da missão, a partir do apelo da Igreja do Brasil: “Missionários da Esperança para todos os Povos”.

 
 
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