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ARTIGO - A oferta de Nossa Senhora em sua Apresentação ao Templo!

  • pascom9
  • há 11 horas
  • 3 min de leitura

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Pe. Luiz Antônio Aguiar

Vice-reitor do Seminário de São Pedro


A festa da Apresentação de Nossa Senhora ao Templo foi sempre celebrada no Oriente, onde a devoção a Virgem Maria floresceu em todos os tempos, promovida e incentivada por muitos santos Padres, como São João Damasceno, São João Crisóstomo e outros. Também no Ocidente a Santíssima Virgem era venerada sob este mistério, mas privadamente. O papa Sisto V a prescreveu para toda a Igreja no ano de 1585. Temos a graça de celebra-la em tom de solenidade aqui em nossa Arquidiocese, tendo-a como nossa excelsa padroeira, pois, aqui nesta terra a Virgem escolheu vir morar no dia 21 de novembro de 1753, quando pescadores encontraram uma imagem de Nossa Senhora em um caixote no Rio Potengi. Esta imagem foi levada para a Matriz, e devido à data do achado (21 de novembro, Dia da Apresentação de Maria ao Templo), recebeu o nome de Nossa Senhora da Apresentação. O caixote continha a inscrição: "No ponto onde der este caixão não haverá nenhum perigo". 


Assim, a Festa de Nossa Senhora da Apresentação foi crescendo e tornando-se muito querida por todo povo potiguar, que busca viver todo o mistério do desejo da Santa Virgem que chega as margens do rio. De fato, a devoção a Nossa Senhora sempre será um grande caminho de santificação para todos nós, pois ela é modelo de vida oculta, de obediência, de laboriosidade e de caridade. Ao exercitar-se nestas virtudes, Nossa Senhora se preparou à sublime dignidade de Mãe de Deus.


A oferta que Maria Santíssima fez de si mesma ao Senhor, no mistério da sua Apresentação ao Templo, foi pronta, total, irrevogável, como nos diz Santo Afonso Maria de Ligório: “A oferta que Maria de si mesma fez a Deus, foi pronta e sem demora, inteira e sem reserva”. Antes de tudo, pronta. Nas pinturas que recordam este mistério, a Virgem Maria é representada no ato de subir os degraus do Templo, e parece até que sobe correndo, para chegar depressa, como fez quando foi visitar sua prima Isabel (cf. Lc 1, 39). Ela corresponde prontamente ao chamado de Deus, que gosta das primícias: “quem dá com presteza dá duas vezes”. E nós, temos sido prontos em atender ao chamado do Senhor?


Além disso, a oferta de Maria Santíssima foi total, sem reservas, como fez na Anunciação (cf. Lc 1, 38). Ofereceu-se a si mesma, com total disposição de alma e de corpo, para ser sempre e integralmente consagrada a Deus. Permaneceu no Templo com plena disposição de nada recusar ao Senhor. E nós, temos dado tudo ao Senhor: mente, alma e coração? Se depois de recebermos tão numerosas graças e luzes continuamos a ser os mesmos, é prova de que nossa doação a Deus não foi total, ainda fazemos alguma reserva.


Finalmente, Nossa Senhora ofereceu-se de modo irrevogável. E nós? É preciso que a nossa oferta seja irrevogável; por isso, não nos detenhamos na nossa caminhada cristã. O "sim" da Virgem Maria não foi uma simples aceitação passiva, mas uma entrega total e consciente à vontade de Deus. Muitas vezes nós colocamos obstáculos no nosso caminho para Deus. Queremos desistir diante das dificuldades, das crises. Precisamos aprender de Nossa Senhora sua fortaleza e nos mantermos firmes como ela esteve aos pés da cruz (cf. Jo 19, 25).


Apresentemo-nos diante do Senhor. Façamos a oferta da nossa vida! Estejamos prontos para ama-lo e servi-lo, assim como a Virgem Santíssima em sua apresentação. Ela seja sempre exemplo, modelo de entrega aos desígnios de Deus! Imitemos suas virtudes e entreguemos o nosso coração a Deus, sem reservas.

 

 

 

 

 

 

 

 
 
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