ARTIGO - O protagonismo dos leigos em Natal
- pascom9
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Pe. José Freitas Campos Do clero da Arquidiocese de Natal
A partir da década de 1940, diante dos desafios da realidade social, política, econômica e religiosa da então Diocese de Natal/RN, os padres que estavam à frente do processo de evangelização do povo de Deus, logo perceberam que não podiam promover a ação evangelizadora sem contar com a participação dos leigos e leigas.
As semanas ruralistas e as missões populares fizeram surgir o “Movimento de Natal”, com presenças masculinas e femininas atuantes, provocando a criação do Serviço de Assistência Rural, SAR, e do Serviço de Assistência Urbana, SAUR, que tinham como objetivo atingir a promoção humana no campo e na cidade. O passo significativo deste processo foi motivado pelos padres que estavam na liderança da Juventude Masculina Católica de Natal, que tinha a frente o então Pe. Eugênio de Araújo Sales, bem como a Juventude Feminina Católica de Natal, sob os cuidados do Pe. Nivaldo Monte. Na área rural e interiores da capital potiguar, a atuação dos jovens aconteceu através do Movimento de Ação Católica especializada – JAC: Juventude Agrária Católica, JEC: Juventude Estudantil Católica e JOC: Juventude Operária Católica. Em 1945, com a criação da Escola de Serviço Social, fundada por Pe. Nivaldo Monte e uma equipe de leigos, foi fomentada a participação dos alunos nesses movimentos sociais que a Igreja oferecia como campo de atuação.
A partir da década de 1950, surge em Natal, a emissora de Educação Rural, com as Escolas Radiofônicas, que inspirou o Movimento de Educação de Base, MEB, assumido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB. Além disso, a Sindicalização do Homem do Campo, o Movimento Cooperativista, a Campanha da Fraternidade e as Comunidades Eclesiais de Bases, CEBs, proporcionaram a participação dos fiéis leigos e leigas nessas atividades e no movimento fortalecendo a atuação e o engajamento do laicato na Igreja Diocesana, preparando o Concílio Vaticano II (1962-1965). Nesse contexto, em Natal, era visível a presença de intelectuais católicos na Congregação Mariana que atuavam como assessores destes movimentos. Entre os leigos que mais se destacaram, podemos lembrar alguns nomes referenciais, como: Otto de Brito Guerra, Ulisses Celestino de Góis, Hélio Galvão, João Wilson de Mendes Melo, Luís da Câmara Cascudo e Aluísio Alves.
Ao acompanharmos a história da Igreja de Natal, percebemos que a presença do laicato católico se mantém muito expressiva pelo testemunho e doação de homens e mulheres que se dispõem a construir o Reino de Deus em terra potiguar. Tendo à frente pastores empenhados no protagonismo laical.








