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Dom João Santos envia mensagem ao povo de Deus da Arquidiocese de Natal


MENSAGEM AO POVO DE DEUS DA ARQUIDIOCESE DE NATAL Prezado Dom Jaime Vieira, Administrador Diocesano da Arquidiocese de Natal; estimados irmãos no episcopado, Dom Heitor Sales e Dom Matias de Macêdo (arcebispos eméritos); amados presbíteros, diáconos, religiosos e religiosas de vida consagrada, seminaristas, vocacionados, fiéis leigos e leigas, homens e mulheres de boa vontade e todo o Povo de Deus desta amada igreja.

Graça e paz!

Na Alegria do Evangelho, aceitei a nova missão que o Santo Padre me confiou, nomeando-me Arcebispo da Arquidiocese de Natal, sucedendo o Excelentíssimo Dom Jaime Vieira Rocha, que renunciou ao governo pastoral da Diocese.

Naquele que me fortalece e, em obediência ao mandato missionário de Jesus (Mt 28, 19), parto em missão para Natal, sendo transferido da Diocese de Bom Jesus da Lapa, a Igreja de Pedra e Luz, à qual sou profundamente grato e tenho servido, por graça do Senhor, nos últimos oito anos.

Estou ciente da importância e complexidade da Arquidiocese de Natal, uma das maiores arquidioceses brasileiras em extensão territorial e dimensões populacionais. Trata-se de uma Igreja viva, amplamente reconhecida pelo Movimento de Natal. Além disso, é uma Igreja sinodal e missionária, cujas raízes evangelizadoras remontam ao período colonial, tendo sua fé fecundada pelo sangue dos Santos Mártires de Cunhaú e Uruaçu, Padroeiros do Estado do Rio Grande do Norte. Tenho a honra e a responsabilidade de suceder renomados pastores que conduziram essa Igreja com amor abnegado e dedicaram-se incansavelmente à missão.

Reconheço o dever do Bispo de promover a sinodalidade, como dimensão constitutiva da Igreja e, no exercício de seu ministério, incentivar o caminhar juntos, estreitando os laços fraternos, promovendo uma comunhão dinâmica, aberta e missionária, fortalecendo os organismos eclesiais de comunhão e participação. A sinodalidade, como afirma o Papa Francisco, não é um termo da moda ou um "slogan a ser instrumentalizado em nossos encontros”, mas expressa o estilo peculiar que caracteriza a vida e a missão da Igreja, no qual pastores e fiéis caminham juntos, escutando uns aos outros, e todos, como assembleia do Povo de Deus, põem-se à escuta do Espírito Santo para discernirmos apelos do Senhor e responder ao seu mandato missionário nas realidades atuais, levando em conta os desafios de nosso tempo.


“A dimensão sinodal da Igreja exprime o caráter de sujeito ativo de todos os batizados e, ao mesmo tempo, a específica função do ministério episcopal em comunhão colegial e hierárquica com o Bispo de Roma” (COMISSÃO TEOLÓGICAINTERNACIONAL. A Sinodalidade na Vida e na Missão da Igreja n. 64). Dessa forma, a sinodalidade fornece o quadro interpretativo mais adequado para compreender o próprio ministério hierárquico. Em que o bispo “às vezes pôr-se-á à frente para indicar a estrada e sustentar a esperança do povo, outras vezes manter-se-á simplesmente no meio de todos com a sua proximidade simples e misericordiosa e, em certas circunstâncias, deverá caminhar atrás do povo, para ajudar aqueles que se atrasaram e sobretudo porque o próprio rebanho possui o olfato para encontrar novas estradas” (Evangelii Gaudium, n. 31).


Inspirados pelo Espírito Santo, possamos ser fiéis à nossa missão evangelizadora e “anunciar o Reino, formando discípulos missionários, a serviço da vida plena para todos”. Com o protagonismo de todos os fiéis leigos e leigas, encorajados por seus pastores e ministros ordenados, caminhemos de acordo com a visão que nossa Arquidiocese vislumbra para o seu futuro: "Igreja servidora, samaritana, pobre com os pobres, comprometida com a evangelização, fortalecendo a setorização, no espírito sinodal missionário” (PLANO DA AÇÃO PASTORAL ARQUIDIOCESANA 2020-2023).


A vida sinodal da Igreja se atualiza no ministério dos bispos em comunhão colegial. É importante também caminharmos juntos com os irmãos bispos e as demais igrejas, especialmente aquelas que compõem nossa Província Eclesiástica e o Regional Nordeste II da CNBB, para vivermos a comunhão, participação e missão.


Que os Santos Mártires de Cunhaú e Uruaçu, Protomártires do Brasil, intercedam por meu ministério e por nossa caminhada em comum!


Que Nossa Senhora da Apresentação nos tenha sob seu poderoso amparo e nos ajude a fazer tudo o que o Senhor nos disser, para a honra e glória do seu santo nome, em uma Igreja em Saída, em estado permanente de missão.

Com minha bênção.


Bom Jesus da Lapa, memória litúrgica de Santo Antônio Maria Zacaria, 05 de julho do ano de dois mil e vinte e três da graça do Senhor.


Dom João Santos Cardoso Arcebispo Eleito de Natal

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