ARTIGO - Primeiro Seminário para formar padres em Natal
- pascom9
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Pe. José Freitas Campos
Do clero da Arquidiocese de Natal
Nos dias atuais, quem passa em frente ao casarão do Seminário de São Pedro, na Avenida Campos Sales, 850, no bairro do Tirol, em Natal/RN, poderá imaginar que neste edifício sempre funcionou a casa de formação dos seminaristas à serviço da Diocese. Contudo, a história não é bem assim. A construção e inauguração do prédio atual foi obra do quarto bispo e primeiro arcebispo de Natal, D. Marcolino Dantas, na década de 1930.
Em 1902, quando pertencíamos a Diocese da Paraíba/PB, o bispo D. Adauto, passando por Natal, sentiu a necessidade de investir na formação católica da juventude da época e concretizou dois projetos. Em fevereiro, do mesmo ano, veio a Natal para inaugurar o Colégio da Imaculada Conceição – CIC, onde atualmente funciona a UNIFACEX, e confiou o estabelecimento às irmãs Dorotéias. Elas ficariam responsáveis pela formação das moças.
No ano seguinte, em 1903, instalou o Colégio Santo Antônio, para a educação dos rapazes, um anexo da igreja de Santo Antônio dos Militares, a atual “Igreja do Galo”, e nomeou como primeiro diretor o Pe. Alfredo Pegado.
Com a criação da Diocese de Natal, em 1909, o Papa Pio X escolheu um norte-rio-grandense, D. Joaquim Antônio de Almeida, como o seu primeiro bispo. Este só chegou à Natal, em maio de 1910. Após a sua posse, uma das primeiras preocupações foi instalar o seminário diocesano, que passou a funcionar onde já existia o Colégio Santo Antônio.
Em 1912, com a chegada dos Padres Missionários da Sagrada Família à Natal, D. Joaquim pediu-lhes que assumissem, completamente, o Colégio Diocesano que funcionava em regime de internato onde estavam os seminaristas juntamente com os alunos externos da cidade. Os padres exerceram a função de professores de todas as disciplinas.
Este seminário, sobretudo, por causas econômicas, não continuou e fechou suas portas em 1915. No mesmo ano, por motivo de saúde, veio a renúncia do bispo D. Joaquim e a Diocese ficou vacante, aguardando a chegada de um novo pastor para que este desse um novo rumo à formação dos seminaristas.