Prezados/as leitores/as!
No próximo dia 2 de julho, a Igreja no Brasil celebrará a Solenidade de São Pedro e São Paulo, transferida do dia 29. Também celebraremos, nesse dia, o dia do Papa. É uma ocasião propícia para nossas orações pelo Sucessor de Pedro e reflexões sobre a Fé da Igreja, que ele professa. Lembramos a todos os agentes de pastorais que nas Missas celebradas no sábado (dia 1 de julho) e no domingo (2 de julho) deve ser feita a coleto do “Óbolo de São Pedro”, um instrumento importante para as obras de assistência social promovidas pelo Papa.
Celebrar São Pedro e São Paulo é celebrar aqueles que a Igreja considera as colunas da Igreja: “Pedro, o primeiro a proclamar a fé, fundou a Igreja primitiva sobre a herança de Israel. Paulo, mestre e doutor das nações, anunciou-lhes o evangelho da salvação. Por diferentes meios, os dois congregaram a única família de Cristo e, unidos pela coroa do martírio, recebem hoje, por toda a terra, igual veneração” (MISSAL ROMANO. Prefácio da Solenidade de São Pedro e São Paulo). São Pedro é o Apostolo que inicia a lista dos 12, a quem o Senhor mudou o nome de “Simão” para “Pedro” (rocha, Kephas), quem confessou que Jesus era o Messias de Deus e a quem foram dirigidas as palavras que manifestam a sua grande missão: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la” (Mt 16,18). Mas, sobretudo, as palavras no lago de Tiberíades onde, num diálogo afetivo, Jesus se dirige ao pescador: “Simão, filho de João, amas-me mais do que estes?” (Jo 21,15). Isso indica o quanto a fé deve estar unida ao amor, à caridade.
São Paulo é o grande Apóstolo, o convertido, o que passa de perseguidor dos cristãos a grande missionário da causa de Jesus, o Nazareno. É o Apóstolo das grandes cartas endereçadas às comunidades cristãs, algumas fundadas por ele outras que foram iluminadas pelo seu zelo apostólico. Paulo de Tarso simboliza todo o cristão que assume seu batismo e toma consciência do chamado a proclamar o Evangelho da graça de Deus. De suas cartas encontramos expressões que se tornam programa de vida para os cristãos: “quando aprouve àquele que me reservou desde o seio de minha mãe e me chamou pela sua graça, para revelar seu Filho em minha pessoa” (Gl 1,15-16), ou: “Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim. A minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” (Gl 2,20), e ainda: “para mim o viver é Cristo” (Fl 1,21).
Nesse dia, a Igreja eleva suas súplicas pelo Papa Francisco. Desde que foi escolhido para Bispo de Roma e Papa, Francisco sempre pediu: “...e não esqueçam de rezar por mim”. Rezar pelo papa é uma atitude de gratidão pela missão de confirmar os irmãos e irmãs na fé. Lembremo-nos daquele dia memorável (13 de março de 2013), quando o cardeal argentino, Jorge Mario Bergoglio aproximou-se da fachada da Basílica de São Pedro, e disse suas primeiras palavras. E, antes de dar a benção afirmou: “E agora quero dar a Bênção, mas antes… antes, peço-vos um favor: antes de o Bispo abençoar o povo, peço-vos que rezeis ao Senhor para que me abençoe a mim; é a oração do povo, pedindo a Bênção para o seu Bispo. Façamos em silêncio esta oração vossa por mim”.
Celebremos, portanto, esses dois grandes santos, rezemos pelo Papa Francisco que hoje continua a missão de Pedro e, como São Paulo, não percamos a confiança, pois Scio cui credidi (sei em quem confiei).