Por Pe. José Freitas Campos Do clero da Arquidiocese de Natal
A Igreja do Brasil é, essencialmente, uma Igreja missionária. Caso contrário correríamos o risco de perdermos a nossa identidade de sermos a verdadeira Igreja de Jesus Cristo fundamentada na missão que Ele nos comunica: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15). A partir desta verdade anunciada fiquei deveras comovido com a entrevista que acompanhei na TV Evangelizar com o bispo da prelazia de Óbidos – Noroeste do Pará/PA, D. Bernardo Johannes Bahlmann, OFM. Ele falava dos desafios que a diocese enfrenta para evangelizar o povo de Deus e fazer com que o anúncio da Boa Nova possa chegar a todas as comunidades, sobretudo as populações ribeirinhas de difícil acesso. No final da entrevista, manifestou a imensa alegria de poder contar com a presença do Barco Hospital Papa Francisco que vai ao encontro das comunidades mais sofridas.
Para nos colocarmos a serviço da causa missionária temos como referência primeira a figura de Santa Teresinha do Menino Jesus que ainda jovem, morrendo aos 24 anos, sem sair do seu Carmelo, em Lisieux – França, não conseguindo realizar o seu desejo de ser missionária na África, ofereceu toda a sua vida a serviço do Reino de Deus e por isso ela foi proclamada padroeira universal das missões. O seu testemunho nos inspira assumirmos cotidianamente a causa missionária onde quer que estejamos.
Preparando o centenário de sua canonização, em 2025, recentemente, a Igreja do Brasil recebeu as suas relíquias que recordam o seu ideal de santidade. O seu relicário, doado pelos brasileiros, percorreu, durante quatro meses, mais de setenta cidades.
Em suma, a atualidade de Santa Teresinha consiste em sua experiência espiritual traduzida no compromisso de vivenciarmos nos dias atuais dois carismas: a humildade e a caridade. Por isso, foi profética a intuição de Santa Teresinha, segundo o Papa Pio XI, a maior santa dos tempos modernos.
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